quarta-feira, 24 de março de 2010

Sócrates

Biografia e ideias de Sócrates
Σωκράτης
Sócrates nasceu em Atenas, provavelmente no ano de 470 AC, e tornou-se um dos principais pensadores da Grécia Antiga. Podemos afirmar que Sócrates fundou o que conhecemos hoje por filosofia ocidental. Foi influenciado pelo conhecimento de um outro importante filósofo grego: Anaxágoras. Seus primeiros estudos e pensamentos discorrem sobre a essência da natureza da alma humana.
Sócrates era considerado pelos seus contemporâneos um dos homens mais sábios e inteligentes. Em seus pensamentos, demonstra uma necessidade grande de levar o conhecimento para os cidadãos gregos. Seu método de transmissão de conhecimentos e sabedoria era o diálogo critico. Através da palavra, o filósofo tentava levar o conhecimento sobre as coisas do mundo e do ser humano.
A ironia, pode ter um significado depreciativo, sarcástico ou de zombaria, mas no grego, quer dizer “interrogação”, e Sócrates fazia isso e no decorrer do dialogo, atacava de modo implacável as respostas de seus interlocutores. A primeira virtude do sábio é adquirir consciência da própria ignorância. “Sei que nada sei”. A maiêutica, libertos do orgulho e da pretensão de que tudo sabiam, os discípulos podiam então iniciar o caminho da reconstrução de suas próprias idéias. Nessa fase, Sócrates quer ajudar as pessoas a conceberem as suas próprias idéias. Arte de dar a LUZ.
Conhecemos seus pensamentos e idéias através das obras de dois de seus discípulos: Platão e Xenofontes. Infelizmente, Sócrates não deixou por escrito seus pensamentos.
Sócrates não foi muito bem aceito por parte da aristocracia grega, pois defendia algumas idéias contrárias ao funcionamento da sociedade grega. Criticou muitos aspectos da cultura grega, afirmando que muitas tradições, crenças religiosas e costumes não ajudavam no desenvolvimento intelectual dos cidadãos gregos.
Em função de suas ideias inovadoras para a sociedade, começa a atrair a atenção de muitos jovens atenienses. Suas qualidades de orador e sua inteligência, também colaboraram para o aumento de sua popularidade. Temendo algum tipo de mudança na sociedade, a elite mais conservadora de Atenas começa a encarar Sócrates como um inimigo público e um agitador em potencial. Foi preso, acusado de pretender subverter a ordem social, corromper a juventude e provocar mudanças na religião grega. Em sua cela, foi condenado a suicidar-se tomando um veneno chamado cicuta, em 399 AC.

Matéria de aula dos 2º anos, aos meus alunos do Rilando e do E.E.Diadema(Cefam)

Matéria de aula dos 2º anos, aos meus alunos do Rilando e do E.E.Diadema(Cefam)


Conforme combinado fica disponível a matéria trabalhada em sala de aula para estudos pessoais. Que possa auxiliá-los para uma compreensão melhor.
Façamos de cada pensamento uma colheita, para a edificação segura do conhecimento humano.
Não os trago caminho novo, o que lhes trago é uma nova forma de caminhar


JEAN – PAUL SARTRE (1905 – 1980)
Foi um expressivo expoente do existencialismo ateísta. Além do filósofo, foi novelista e crítico. Ao final da sua vida, distanciou-se do existencialismo, desenvolvendo seu próprio estilo de sociologia marxista.
Foi educado na École Normale Supérieure de Paris e posteriormente lecionou em vários liceus na capital francesa.
Durante a 2ª Guerra Mundial, serviu o exército e, durante nove meses, foi prisioneiro de Guerra na Alemanha. Após ter sido libertado, ingressou na Resistência Francesa.

OBRAS
Sartre existencialista
- A imaginação/ A Transcendência do Ego.
- A Náusea.
- O Ser e o Nada: Ensaio de Ontologia Fenomenológica.
- As Moscas.
- Entre Quatro Paredes.
- O Existencialismo é um Humanismo. (Carta Sobre o Humanismo → Heidegger).
Sartre marxista
- Questão de Método.
- Crítica da Razão Dialética.

“O que é existir como um ser humano?” constitui a pergunta primordial de Sartre. O filósofo procura descrever o que denomina de “realidade humana” do modo mais geral. Sua resposta para tal pergunta já está inserida no título da obra O Ser e o Nada; visto que, segundo o filósofo, a realidade humana consiste de tais modos de existência, ser e nada, na dicotomia ser e não-ser.

JEAN – PAUL SARTRE (1905 – 1980)
1) Psicologia (pensamento sartreano sobre a consciência) → PSICOLOGIA FENOMENOLÓGICA: consciência intencional.
Para Sartre, o eu faz parte da consciência, por isso, não tem o sentido transcendental de Husserl.
→ a consciência não é transcendental: o eu está projetado fora dela, no mundo.
EU (PROJEÇÃO) = angústias, desejos, ambições, revoltas etc.
A consciência é abertura para o mundo. Esta abertura possibilita que o eu se projete. O eu é projeção.
Sartre afirma que: “o homem é um projeto de si mesmo”. Esta afirmação significa que o homem está sempre em construção perpétua.
PROJETAR-SE é ter objetivos. Não ter objetivos é a mais absoluta alienação. O mundo seu sentido.
O sentido das coisas é sempre mutável, pois a projeção do eu nunca é completa. O sentido é uma projeção humana.
As coisas só são coisas porque o eu projeta-se sobre elas.

→ Todos os entes são gratuitos e contingentes. Este é o núcleo da filosofia existencialista de Sartre.

GRATUITOS → tudo que é, surge gratuitamente. Surge como poderia não surgir. Surge sem motivo. Não um telo nelas mesmas. O telo sempre é dado pela projeção do eu sobre elas.

Telo = finalidade.

O homem está em situação. Não há transcendência. É contingente gratuito.

NAÚSEA – é a percepção de que o homem é gratuito e contingente. O telo humano é aquilo que ele constrói para si mesmo.

2) Ser e Nada
em-si: os objetos, o mundo → opaco, pleno (preenchido de conteúdo), gratuito e contingente.
para-si: consciência DE (é sempre inacabada) → projetada no mundo: oca de ser/ oca de essência, é possibilidade, é ação, é liberdade.

O homem é livre, mas as condições de sua liberdade não é.
O homem é situado ou está em situação.
A liberdade é dada pela situação. As coisas que o homem escolhe estão determinadas.
Todos os atos transcendem as motivações, portanto, qualquer tentativa de eximir-sede responsabilidade é má-fé.
O homem é responsável por todos os seus atos. O homem está envolvido com tudo que lhe cerca.
MÁ-FÉ é negar a sua responsabilidade, é eximir-se da sua responsabilidade; é não assumir os fracassos.
RESPONSABILIDADE é assumir seus atos.

A escolha é absurda, pois todos os valores têm o mesmo valor.

• ANGÚSTIA – visão de que estamos projetados no abismo da liberdade.
• Deus não existe. Não há transcendência. Neste sentido, só o homem cria valores.
• ser-para-os-outros: subjetividade → objetivação.
• Sujeito é o homem (EU) → projetar-se no mundo.

Para Sartre sempre que um eu encontra outro eu, um dos eu vai tentar transformar o outro em objeto.
- objetivação: o outro é aquele que me vê e me mantém prisioneiro do seu olhar  pudor, timidez, inferioridade → o homem se vê desprovido de liberdade → conflito → “O inferno são os outros”.

HOMEM para Sartre → a minha projeção é sempre a luta contra o olhar objetivante do mundo. É lutar para não me transformar em objeto do outro.

O homem é um ser inacabado e por isso, está sempre em CONFLITO.



Fenomenologia transcendental – Husserl(1859-1938


A fenomenologia é um método de redução do mundo aos seus fenômenos apodíticos incontestáveis, que devem ser analisados pela consciência.

Husserl(1859-19380) critica a distinção entre aparência e coisa em si. As coisas são tais como a consciência lida com elas. Para isso, deve-se fazer a epoché, ou seja, devemos colocar entre parênteses (suspensão dos juízos ou duvida)



Epoché: afastamento dos prejuízos referente à existência do mundo, ou seja, é afastar da atitude natural (crença existente)
O resíduo da epoché sempre será os fenômenos → tudo é fenômeno: o desejo é fenômeno

Fenomenologia – reduz tudo ao fenômeno (essências)

É o modo de lhe dar com os fenômenos → Consciência (pensamento)

É sempre intencional: consciência de?

Consciência(transcendental) → projeta aos fenômenos → deseja algo / Pensa algo




Fenomenologia transcendental → “A filosofia de volta às coisas mesmas”

Consciência transcendental: são condições de possibilidade, diferentes modos de lidar com os fenômenos, pois, o fenômeno transcende o individuo.

Resumo de minhas aulas: Prof. Cristiano (Filósofo - PUC)