Parmênides foi um dos primeiros filósofos no qual baseava suas indagações apartir da natureza. Acreditava em uma determinada substância básica por traz de todas essas transformações.
Ele acreditava que tudo que existe sempre existiu nada podia surgir do nada; e nada que existe pode transformar em nada. Se uma coisa existe, jamais poderá ser outra,.
Enfim, quando Parmênides diz que as coisas que existem jamais poderão deixar de existir, é o mesmo de dizer em outras palavras que o ser é e o que não é não pode existir, pois, o que não é, não pode ser pensado. O ser existe e sempre existirá, o ser é único, imóvel, imutável, sem variações e eterno. O real é algo da qual se pode ver, portanto a noção existencialidade diz de fato a coisa que é. Então o ser é e o que é poder ser predicado, identificado e existente, e o que não é se torna inexprimível, dele nada se pode afirmar, logo não é predicado, não é identificado e não é existente. O que não é, não existe. Quando se pode dizer sobre algo, então ele já existe, já identifica e predica, assim o ser é. O ser é dizer uma realidade, poder pensar o ser, se pode pensar o sobre o ser, logo o caminho a ser tomado é o que é.
Quando parte do não é, ele é o caminho que não dá pra dizer, ele é irrefêrencial, não pode ser pensado, é um caminho vazio. O ser e o pensar possuem uma identidade.
O ser é ingênito, imperecível, compacto, inabalável, o ser é imutável e perfeito
O ser é via da verdade, por isso em seu poemas ele diz :
“eu te direi, e tu, recebes a palavra que ouviste,
os únicos caminhos de inquérito que são a pensar:
o primeiro, que é; e, portanto, que não é não ser,
de persuasão, é caminho, pois à verdade acompanha.
O outro, que não é; é, portanto, que é preciso não ser.
Eu te digo que este último é atalho de3 todo não crível,
pois nem conhecerias o que não é, nem dirias...
{...}
Pois o mesmo é a pensar e portanto ser.
{...}
Necessário é dizer e pensar que o ente é; pois é ser.
E nada não é. Isto eu te mando considerar.”
É necessário pensar e dizer: que o ente é, pois é ser; e o que nada não é, pois é não ser. Parmênides afirma que o que pode ser dito e pensado deve ser ou existir como, inversamente, afirma que o ser é o que pode ser pensado e dito. E em contraposição declara que o nada, porque não é não existe, não pode ser pensado nem dito, como inversamente, que o que não pode ser pensado nem dito, não é.
Conclui que para Parmênides que o ser é e o nada não é, que pode ser dito e pensado, que o nada não poder ser dito nem pensado, que pensar e ser são o mesmo. Que, portanto, o nada é não ser e indizível.
Autoria: Cristiano Leme