quarta-feira, 31 de março de 2010

EU VOU TIRAR VOCÊ DESSE LUGAR - O que a midia não mostra!!!!!!!!!





O Portal do Mundo do Trabalho reproduz abaixo nota da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES-SP) em apoio à paralisação do magistério paulista.

Por que os professores de SP estão em greve

A mídia que apoia Serra diz que é por uma questão política: ele melhorou a Educação em São Paulo com a implantação de um regime de “remuneração por mérito”, e as entidades representativas dos professores querem atrapalhar a sua candidatura à Presidência da República, criando confusão para impedir o povo de ver esses avanços.

O governador, por sua vez, diz que a greve não existe – e, para sentir-se mais seguro de que não existe mesmo, manda a tropa de choque atacar os grevistas.

Mas o fato é que professor, como qualquer ser humano, tem o direito a aumento de salário – e o governo não quer dialogar porque insiste numa “política salarial” que não reconhece esse direito.

Em que consiste essa política:

1º Elevar o número de professores temporários à espantosa casa dos 113.242 – praticamente metade da categoria – ao invés de contratá-los, através de concurso público, como professores efetivos.

2º Congelar os salários dos professores em todas as faixas salariais – da base ao topo.

3º Criar um arremedo de plano de carreira, indevidamente denominado de “avaliação por mérito” (Lei 1097/2009), composto de cinco faixas salariais. A diferença entre o salário de uma faixa e a anterior é sempre de 25%, de modo que o salário da faixa 5 seja o dobro da faixa 1.

4º Submeter a mudança de faixa ao resultado de uma prova, que poderá ser tentada, a primeira quatro anos depois do ingresso na carreira e as demais a cada três anos.

5º Para passar da primeira para a segunda faixa, a nota mínima é seis. Se o número de aprovados exceder a 20% da categoria, haverá o corte dos excedentes – o professor pode tirar nota seis e não ser classificado. 80% da categoria deverá permanecer obrigatoriamente na faixa 1.

Em função das perdas salariais sucessivas, hoje, o professor PEB I, que trabalha de primeira à quarta série (antigo primário) recebe R$ 6,58 por hora. Isso significa que o salário inicial por 24 horas é R$ 785,50. Esse mesmo professor trabalhando 30 horas semanais chega a R$ 981,88. Já o professor PEB II, que são aqueles do ensino fundamental e médio (antigo ginásio e colegial) ganha R$ 7,50 por hora. Por 24 horas semanais de trabalho, ele recebe R$ 909,32. Por 30 horas, R$ 1.136,63. E todos têm nível universitário.

Com os salários congelados, o máximo que poderiam receber depois de 13 anos, aqueles classificados em todas as etapas, seria o dobro dessa miséria.

Fora isso, o que existe é um abono que pode ou não ser concedido, conforme os humores do governo a cada ano, e que não é incorporado ao salário nem gera direito algum para os trabalhadores da Educação.

É evidente que uma política que mantém metade da categoria em estado de semi-informalidade, estabelece aumento zero em todas as faixas e reduz o critério para progressão na carreira unicamente ao resultado de uma prova (teórica) é uma política de desvalorização da profissão.

Como ainda não nasceu – nem vai nascer – quem seja capaz de melhorar a Educação desvalorizando o magistério, a conclusão que se impõe é que só a mobilização dos professores rompendo com os limites impostos por essa política e conquistando aumento de salário e a efetivação dos temporários pode salvar a Educação Pública em São Paulo.

A política de Serra não tem nada a ver com “mérito”, e tudo a ver com a desorganização do Ensino Público para favorecer o Ensino Privado.

É por isso que os estudantes e o povo paulista estão cada vez mais firmes com os professores nesta luta.

União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES-SP)

segunda-feira, 29 de março de 2010

No governo Serra educação é problema de polícia.



Porrada em professor esporte predileto do Zé Serra

Tentativa de negociação do Magistério termina com 16 feridos

O protesto de professores na região do Palácio dos Bandeirantes foi reprimido com jatos de spray de pimenta disparados por um helicóptero da PM contra a multidão, que enfrentou também bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha e cassetetes.

Há pelo menos 16 feridos; entre eles o professor Carlos Ramiro de Castro, vice-presidente da CUT, ferido na testa com estilhaços de bombas quando tentava negociar com os policiais, e os professores de História Severino Honorato da Silva e Luis Cláudio de Lima, atingidos por uma bala de borracha.

A Cavalaria, a Tropa de Choque e a Força Tática da Polícia Militar foram mobilizadas para impedir que os professores chegassem aos portões do Palácio dos Bandeirantes. "Foi horroroso. Os policiais vieram com muita violência. Foi bomba para todo lado", lamenta Carlos Ramiro.

Em greve desde o dia 8 de março, os professores e funcionários do Magistério Paulista decidiram nesta sexta-feira (26/03) manter a paralisação. "Os líderes dos professores foram levados em viatura ao Palácio dos Bandeirantes e lá foram informados que não havia negociação. É um absurdo chamar para dizer que não existe diálogo", conta a deputada Maria Lúcia Prandi, presidente da Comissão de Educação da Assembleia.

A deputada também revoltou-se com a violência gratuita contra os trabalhadores. "Foram muitas bombas e estava difícil respirar por causa das bombas de gás lacrimogêneo. A passeata só andou um quarteirão. Estávamos distante do Palácio dos Bandeirantes. Tentamos negociar com a Tropa de Choque, mas foi muita violência", lamenta a deputada, que é professora aposentada.

domingo, 28 de março de 2010

TEORIA DO SER SEGUNDO PARMÊNIDES

Parmênides foi um dos primeiros filósofos no qual baseava suas indagações apartir da natureza. Acreditava em uma determinada substância básica por traz de todas essas transformações.
Ele acreditava que tudo que existe sempre existiu nada podia surgir do nada; e nada que existe pode transformar em nada. Se uma coisa existe, jamais poderá ser outra,.
Enfim, quando Parmênides diz que as coisas que existem jamais poderão deixar de existir, é o mesmo de dizer em outras palavras que o ser é e o que não é não pode existir, pois, o que não é, não pode ser pensado. O ser existe e sempre existirá, o ser é único, imóvel, imutável, sem variações e eterno. O real é algo da qual se pode ver, portanto a noção existencialidade diz de fato a coisa que é. Então o ser é e o que é poder ser predicado, identificado e existente, e o que não é se torna inexprimível, dele nada se pode afirmar, logo não é predicado, não é identificado e não é existente. O que não é, não existe. Quando se pode dizer sobre algo, então ele já existe, já identifica e predica, assim o ser é. O ser é dizer uma realidade, poder pensar o ser, se pode pensar o sobre o ser, logo o caminho a ser tomado é o que é.
Quando parte do não é, ele é o caminho que não dá pra dizer, ele é irrefêrencial, não pode ser pensado, é um caminho vazio. O ser e o pensar possuem uma identidade.
O ser é ingênito, imperecível, compacto, inabalável, o ser é imutável e perfeito
O ser é via da verdade, por isso em seu poemas ele diz :
“eu te direi, e tu, recebes a palavra que ouviste,
os únicos caminhos de inquérito que são a pensar:
o primeiro, que é; e, portanto, que não é não ser,
de persuasão, é caminho, pois à verdade acompanha.
O outro, que não é; é, portanto, que é preciso não ser.
Eu te digo que este último é atalho de3 todo não crível,
pois nem conhecerias o que não é, nem dirias...
{...}
Pois o mesmo é a pensar e portanto ser.
{...}
Necessário é dizer e pensar que o ente é; pois é ser.
E nada não é. Isto eu te mando considerar.”

É necessário pensar e dizer: que o ente é, pois é ser; e o que nada não é, pois é não ser. Parmênides afirma que o que pode ser dito e pensado deve ser ou existir como, inversamente, afirma que o ser é o que pode ser pensado e dito. E em contraposição declara que o nada, porque não é não existe, não pode ser pensado nem dito, como inversamente, que o que não pode ser pensado nem dito, não é.
Conclui que para Parmênides que o ser é e o nada não é, que pode ser dito e pensado, que o nada não poder ser dito nem pensado, que pensar e ser são o mesmo. Que, portanto, o nada é não ser e indizível.

Autoria: Cristiano Leme

sábado, 27 de março de 2010

A Liberdade Ética:

Diz-se que a vontade do homem é livre para decidir entre o bem e o mal. Mas é livre do que? É livre para escolher o que?
A vontade do homem é a sua capacidade de escolher entre alternativas. A sua vontade, de fato, decide qual a sua ação entre certo número de opções. Nenhum homem é compelido a agir contrário à sua vontade, nem forçado a dizer aquilo que não quer. Suas decisões não são formadas por uma força externa, mas por forças internas. A vontade toma decisões, e estas decisões tomadas não estão livres de influências. O homem escolhe com base nos sentimentos, gostos, entendimentos, anseios, etc. Em outras palavras, a vontade não é livre do homem mesmo. Suas escolhas são feitas pelo seu próprio caráter. Sua vontade não é independente de sua natureza. A vontade é inclinada àquilo que você sente, ama, deseja e conhece. Você sempre escolhe com base em sua disposição; de acordo com a condição do seu coração. A Bíblia diz que nossa vontade não é livre, ao contrário, ela é escrava do coração - ( Gn 6:5; Rm 3:12; Jr 13:23 ).A capacidade de escolha do coração do homem é livre para escolher qualquer coisa que o coração ditar; assim, não existe qualquer possibilidade de um homem escolher agradar a Deus sem que haja a prévia operação da Graça Divina. Note o texto bíblico: "Nós O amamos porque Ele nos amou primeiro " (I Jo 4:19). Se carne fresca e salada de tomate fossem colocadas diante de um leão faminto, ele escolheria a carne.
É a natureza que dita sua escolha Jr.13:23). Por isto não existe livre arbítrio. O arbítrio humano, assim como toda a natureza humana, é inclinado só e continuamente para o mal. (Jr 13:23).Não existe livre arbítrio a menos que Deus mude o coração e crie um novo coração em submissão e verdade, o homem não pode decidir por Jesus para Ter a vida a vida eterna. (Jo 3:7; Ez 11:19; 36:26; Atos 16:14).A vontade não é livre. Pelo contrário, ela é escrava, escrava do coração pervertido; escrava da natureza (Jr. 17:9; 12:2; Mc 7:6,21).Foi a vontade de escolher o fruto proibido que nos atirou na miséria. Só a vontade de Deus tem realmente liberdade, e se quiser pode dar vida. (Jo 1:12-13)
1. SIM, o homem é livre no sentido de que suas escolhas não são determinadas, em linhas gerais, por nenhuma compulsão externa. Podemos dizer que ele tem LIVRE AGÊNCIA.
2. ENTRETANTO, suas ações são determinadas pela natureza de seu próprio caráter, e nós sabemos que esta natureza é só pecado (Rm. 3.10-23). Neste sentido, ele não tem LIVRE ARBÍTRIO de escolher o bem, pois é escravo do pecado. Este “livre arbítrio” foi perdido com a queda, em Adão.
3. Mesmo não possuindo “livre arbítrio”, definido como a possibilidade de escolha do bem, a “liberdade” que possui, definida como livre agência, não é incompatível com o enquadramento do Homem nos planos divinos. Deus, soberanamente, executa os seus desígnios ATRAVÉS da vontade das suas criaturas (veja os seguintes trechos: Fp 2.13; Pv 20.24; 2 Co 3.5; Jr 10.23; Rm 9.16 e Tg 4.13-15).
Ora, quando atribuímos ao homem a escolha entre o bem e o mal, entre o certo e o errado, entre Deus e o Diabo, atribuímos a ele um poder que o mesmo não possui, pois se dissermos que o homem tem liberdade para escolher se quer servir a Deus ou ao Diabo, ser deseja ser cristão ou ímpio, a lógica deste argumento então é que o homem tem mais poder do que Deus e o Diabo juntos, pois escolhe a qualquer momento a quem ele quer servir, se quer servir e quando irá servir. Portanto, esse conceito de que o homem possui liberdade quanto às coisas espirituais, quanto a sua salvação, quanto à escolha por Deus, não é verdade, já que em sua natureza pecaminosa ele não pode mais escolher agradar a Deus constantemente em seu coração, pensamentos, atos e atitudes. Deus não constrange o homem quanto a sua exteriorização da salvação, pelo contrário, Deus usa a própria livre agência que o homem possui para que ele mesmo diga em seu coração, através da ação poderosa do espírito santo, que anseia servir a Deus. Deus executa com precisão seus planos “...este para mim é um instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel...” Atos 9.15. Para entendermos melhor a doutrina da soberania de Deus e a própria predestinação é preciso compreender que Deus na sua Soberania age de tão forma no homem que este sai da sepultura para a vida abundante em Cristo através da ação do Espírito Santo “ele vos deu vida estando vós mortos nos nossos delitos e pecados... e estando nós mortos em nossos delitos e pecados, nos deu vida juntamente com Cristo, pela graça sois salvos...mediante a fé, e isto não vem de vós; é dom de Deus... ” Efésios 2:1,5,8. Não é negando a existência do plano de Deus, nem diminuindo a sua soberania, que retratamos a realidade expressa na Bíblia sobre essas questões. Não possuímos “livre arbítrio”, mas Deus é infinitamente soberano e onipotente para executar seus planos, sem violação da LIVRE AGÊNCIA que nos concedeu.
A Liberdade Circunstancial:
A vontade pode ser livre para planejar, mas não para executar. Quando se diz que a vontade é livre, obviamente não quer dizer que ela determina o curso da nossa vida. Não escolhemos doença. pobreza ou dor; Não escolhemos nossa condição social, nossa cor, ou nossa inteligência. Ninguém pode negar que o homem tem vontade, e que esta faculdade de escolher o que dizer, fazer, pensar, etc. ... tem nos frustrado bastante. Pensando em nossa liberdade circunstancial, podemos projetar um curso de ação, mas não podemos realizar o intento. Em outras palavras, podemos escolher o que queremos estudar, o carro que vamos comprar, a cor, a marca, o modelo, a mulher com quem queremos casar, enfim podemos em nossa vontade ter a capacidade de tomar uma decisão, mas não o poder de realizar seu propósito. ( PV 16:9; Jr 10:23; Lc 12:18-21).Sim. O homem pode escolher e planejar o que tiver vontade. Mas a sua vontade não é livre para realizar nada contrário à vontade de Deus.


Autoria : Cristiano Leme

quarta-feira, 24 de março de 2010

Sócrates

Biografia e ideias de Sócrates
Σωκράτης
Sócrates nasceu em Atenas, provavelmente no ano de 470 AC, e tornou-se um dos principais pensadores da Grécia Antiga. Podemos afirmar que Sócrates fundou o que conhecemos hoje por filosofia ocidental. Foi influenciado pelo conhecimento de um outro importante filósofo grego: Anaxágoras. Seus primeiros estudos e pensamentos discorrem sobre a essência da natureza da alma humana.
Sócrates era considerado pelos seus contemporâneos um dos homens mais sábios e inteligentes. Em seus pensamentos, demonstra uma necessidade grande de levar o conhecimento para os cidadãos gregos. Seu método de transmissão de conhecimentos e sabedoria era o diálogo critico. Através da palavra, o filósofo tentava levar o conhecimento sobre as coisas do mundo e do ser humano.
A ironia, pode ter um significado depreciativo, sarcástico ou de zombaria, mas no grego, quer dizer “interrogação”, e Sócrates fazia isso e no decorrer do dialogo, atacava de modo implacável as respostas de seus interlocutores. A primeira virtude do sábio é adquirir consciência da própria ignorância. “Sei que nada sei”. A maiêutica, libertos do orgulho e da pretensão de que tudo sabiam, os discípulos podiam então iniciar o caminho da reconstrução de suas próprias idéias. Nessa fase, Sócrates quer ajudar as pessoas a conceberem as suas próprias idéias. Arte de dar a LUZ.
Conhecemos seus pensamentos e idéias através das obras de dois de seus discípulos: Platão e Xenofontes. Infelizmente, Sócrates não deixou por escrito seus pensamentos.
Sócrates não foi muito bem aceito por parte da aristocracia grega, pois defendia algumas idéias contrárias ao funcionamento da sociedade grega. Criticou muitos aspectos da cultura grega, afirmando que muitas tradições, crenças religiosas e costumes não ajudavam no desenvolvimento intelectual dos cidadãos gregos.
Em função de suas ideias inovadoras para a sociedade, começa a atrair a atenção de muitos jovens atenienses. Suas qualidades de orador e sua inteligência, também colaboraram para o aumento de sua popularidade. Temendo algum tipo de mudança na sociedade, a elite mais conservadora de Atenas começa a encarar Sócrates como um inimigo público e um agitador em potencial. Foi preso, acusado de pretender subverter a ordem social, corromper a juventude e provocar mudanças na religião grega. Em sua cela, foi condenado a suicidar-se tomando um veneno chamado cicuta, em 399 AC.

Matéria de aula dos 2º anos, aos meus alunos do Rilando e do E.E.Diadema(Cefam)

Matéria de aula dos 2º anos, aos meus alunos do Rilando e do E.E.Diadema(Cefam)


Conforme combinado fica disponível a matéria trabalhada em sala de aula para estudos pessoais. Que possa auxiliá-los para uma compreensão melhor.
Façamos de cada pensamento uma colheita, para a edificação segura do conhecimento humano.
Não os trago caminho novo, o que lhes trago é uma nova forma de caminhar


JEAN – PAUL SARTRE (1905 – 1980)
Foi um expressivo expoente do existencialismo ateísta. Além do filósofo, foi novelista e crítico. Ao final da sua vida, distanciou-se do existencialismo, desenvolvendo seu próprio estilo de sociologia marxista.
Foi educado na École Normale Supérieure de Paris e posteriormente lecionou em vários liceus na capital francesa.
Durante a 2ª Guerra Mundial, serviu o exército e, durante nove meses, foi prisioneiro de Guerra na Alemanha. Após ter sido libertado, ingressou na Resistência Francesa.

OBRAS
Sartre existencialista
- A imaginação/ A Transcendência do Ego.
- A Náusea.
- O Ser e o Nada: Ensaio de Ontologia Fenomenológica.
- As Moscas.
- Entre Quatro Paredes.
- O Existencialismo é um Humanismo. (Carta Sobre o Humanismo → Heidegger).
Sartre marxista
- Questão de Método.
- Crítica da Razão Dialética.

“O que é existir como um ser humano?” constitui a pergunta primordial de Sartre. O filósofo procura descrever o que denomina de “realidade humana” do modo mais geral. Sua resposta para tal pergunta já está inserida no título da obra O Ser e o Nada; visto que, segundo o filósofo, a realidade humana consiste de tais modos de existência, ser e nada, na dicotomia ser e não-ser.

JEAN – PAUL SARTRE (1905 – 1980)
1) Psicologia (pensamento sartreano sobre a consciência) → PSICOLOGIA FENOMENOLÓGICA: consciência intencional.
Para Sartre, o eu faz parte da consciência, por isso, não tem o sentido transcendental de Husserl.
→ a consciência não é transcendental: o eu está projetado fora dela, no mundo.
EU (PROJEÇÃO) = angústias, desejos, ambições, revoltas etc.
A consciência é abertura para o mundo. Esta abertura possibilita que o eu se projete. O eu é projeção.
Sartre afirma que: “o homem é um projeto de si mesmo”. Esta afirmação significa que o homem está sempre em construção perpétua.
PROJETAR-SE é ter objetivos. Não ter objetivos é a mais absoluta alienação. O mundo seu sentido.
O sentido das coisas é sempre mutável, pois a projeção do eu nunca é completa. O sentido é uma projeção humana.
As coisas só são coisas porque o eu projeta-se sobre elas.

→ Todos os entes são gratuitos e contingentes. Este é o núcleo da filosofia existencialista de Sartre.

GRATUITOS → tudo que é, surge gratuitamente. Surge como poderia não surgir. Surge sem motivo. Não um telo nelas mesmas. O telo sempre é dado pela projeção do eu sobre elas.

Telo = finalidade.

O homem está em situação. Não há transcendência. É contingente gratuito.

NAÚSEA – é a percepção de que o homem é gratuito e contingente. O telo humano é aquilo que ele constrói para si mesmo.

2) Ser e Nada
em-si: os objetos, o mundo → opaco, pleno (preenchido de conteúdo), gratuito e contingente.
para-si: consciência DE (é sempre inacabada) → projetada no mundo: oca de ser/ oca de essência, é possibilidade, é ação, é liberdade.

O homem é livre, mas as condições de sua liberdade não é.
O homem é situado ou está em situação.
A liberdade é dada pela situação. As coisas que o homem escolhe estão determinadas.
Todos os atos transcendem as motivações, portanto, qualquer tentativa de eximir-sede responsabilidade é má-fé.
O homem é responsável por todos os seus atos. O homem está envolvido com tudo que lhe cerca.
MÁ-FÉ é negar a sua responsabilidade, é eximir-se da sua responsabilidade; é não assumir os fracassos.
RESPONSABILIDADE é assumir seus atos.

A escolha é absurda, pois todos os valores têm o mesmo valor.

• ANGÚSTIA – visão de que estamos projetados no abismo da liberdade.
• Deus não existe. Não há transcendência. Neste sentido, só o homem cria valores.
• ser-para-os-outros: subjetividade → objetivação.
• Sujeito é o homem (EU) → projetar-se no mundo.

Para Sartre sempre que um eu encontra outro eu, um dos eu vai tentar transformar o outro em objeto.
- objetivação: o outro é aquele que me vê e me mantém prisioneiro do seu olhar  pudor, timidez, inferioridade → o homem se vê desprovido de liberdade → conflito → “O inferno são os outros”.

HOMEM para Sartre → a minha projeção é sempre a luta contra o olhar objetivante do mundo. É lutar para não me transformar em objeto do outro.

O homem é um ser inacabado e por isso, está sempre em CONFLITO.



Fenomenologia transcendental – Husserl(1859-1938


A fenomenologia é um método de redução do mundo aos seus fenômenos apodíticos incontestáveis, que devem ser analisados pela consciência.

Husserl(1859-19380) critica a distinção entre aparência e coisa em si. As coisas são tais como a consciência lida com elas. Para isso, deve-se fazer a epoché, ou seja, devemos colocar entre parênteses (suspensão dos juízos ou duvida)



Epoché: afastamento dos prejuízos referente à existência do mundo, ou seja, é afastar da atitude natural (crença existente)
O resíduo da epoché sempre será os fenômenos → tudo é fenômeno: o desejo é fenômeno

Fenomenologia – reduz tudo ao fenômeno (essências)

É o modo de lhe dar com os fenômenos → Consciência (pensamento)

É sempre intencional: consciência de?

Consciência(transcendental) → projeta aos fenômenos → deseja algo / Pensa algo




Fenomenologia transcendental → “A filosofia de volta às coisas mesmas”

Consciência transcendental: são condições de possibilidade, diferentes modos de lidar com os fenômenos, pois, o fenômeno transcende o individuo.

Resumo de minhas aulas: Prof. Cristiano (Filósofo - PUC)

segunda-feira, 22 de março de 2010

7 motivos para ser professor do Estado do Governador SERRA


Leia com atenção os 7 (sete) motivos para você se tornar um Professor do Estado

7 (sete) é um número de destaque, pois ele simboliza a perfeição: em sete dias Deus fez o mundo, sete são as cores do arco-íris, mas também sete é conta de mentiroso. O 7 aqui será utilizado em relação à educação e, mais especificamente, ao professor.
Ser professor é socializar o saber, é construir, juntamente com o discente, um conhecimento que valorize o meio em que atua. Por isso, destacar-se-ão 7 motivos para incentivar, você, leitor a ingressar nessa brilhante carreira.

Leia-os com atenção e anote todos os detalhes:

1. Estude muito e leia bastante, principalmente a vida de São Francisco de Assis; lembre-se de que você também terá que fazer um voto eterno de pobreza;

2. Prepare-se para manejar certos instrumentos, com o giz e o apagador. Para tal, orientamos o personal stylest de Michael Jackson; você precisará de luva e máscara durante as aulas;

3. Manter-se em forma não será problema para você; com o corre-corre de uma escola para outra, você estará evitando o sedentarismo; com o salário que receberá, não precisará fazer regime; e caso precise complementar a cesta básica do mês, você ainda terá o privilégio de usar o TÍCKET DE 4 REAIS;

4. O educador é o único que pode acumular cargos: além de ministrar aulas em3 ou 4 colégios diferentes, ainda sobra tempo para ser sacoleiro, levando para as escolas os últimos lançamentos do Paraguai ou sendo importante representante de empresas como a AVON, a HERMES e a SHOPPING MAIS;

5. A formação continuada do professor é algo bastante importante e valorizada pelo governo. Com sorte, você será selecionado para ficar em um grande e luxuoso hotel como o IAT, desfrutar de ótimas instalações e saborear um cardápio variado; tudo isso com uma
localização privilegiada e com vista para o ma...to;

6. O local de trabalho deve ser evidenciado: o educador, quase sempre, trabalha em escolas-modelo, cujo slogan é a fartura: 'farta' limpeza, 'farta' funcionário, 'farta' material didático, enfim, 'farta' tudo;

7. Por fim, você desfrutará de um plano de saúde de ótima qualidade, cuja eficiência é demonstrada nos consultórios psiquiátricos repletos de professores que, ao completarem a idade e o tempo de serviço, já se encontram fatigados pelo trabalho, sugados pelo sistema e em pleno desmoronamento físico além do mental.

Assim, depois de ler essas sete dicas, não perca a oportunidade e não desista: vá a um posto do estado e inscreva-se no concurso do ESTADO.
O estado quer lhe receber de braços abertos. O nosso lema é: 'PAGUE PARA ENTRAR, REZE PARA SAIR'. Aos que já se encontram desfrutando desse 'néctar' que é ser funcionário da SEED, nossos parabéns, você é persistente e capaz. Possivelmente, não terá recompensa aqui na terra, mas é certo que já tenha adquirido lugar privilegiado no céu.

Professores decidem continuar com greve





Os professores da rede estadual de São Paulo votaram na tarde desta sexta-feira (19) a manutenção da greve por tempo indeterminado. A categoria paralisou as atividades no último dia 8, reivindicando reajuste salarial de 34,3%, entre outros pontos.

Manifestantes pretendem agora seguir para frente da Secretaria de Estado da Educação, na Praça da República, no centro da capital paulista. A Apeoesp, sindicato da categoria, estima que 40 mil pessoas se reuniram em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo), para a assembleia – a Polícia Militar, no entanto, prevê um número menor, de 8 mil participantes.
Maria Izabel Noronha, presidente da entidade, afirmou para os professores que a próxima assembleia será feita no dia 26 de março, diante do Palácio do Governo, na região do Morumbi, na zona sul da cidade. A intenção é pressionar o governo para anteder os pedidos do movimento.
Presidente do CPP (Centro do Professorado Paulista), José Maria Cancelliero, afirma que as entidades estão dispostas a negociar com o governo o fim da greve, desde que as reivindicações sejam atendidas:
- É o governo que não quer negociar. No ano passado, cinco pedidos de reunião, relativos ao reajuste salarial, foram protocolados na Secretaria de Estado da Educação. Nenhum foi atendido. Esse ano, outros pedidos foram protocolados.
A Secretaria de Estado da Educação de São Paulo informou, por meio da assessoria de imprensa, que só irá se pronunciar no final da tarde.

A luta de Classe - Karl Marx

Não basta existir uma crise econômica para que haja uma revolução. O que é decisivo são as ações das classes sociais que, para Marx e Engels, em todas as sociedades em que a propriedade é privada existem lutas de classes (senhores x escravos, nobres feudais x servos, burgueses x proletariados). A luta do proletariado do capitalismo não deveria se limitar à luta dos sindicatos por melhores salários e condições de vida. Ela deveria também ser a luta ideológica para que o socialismo fosse conhecido pelos trabalhadores e assumido como luta política pela tomada do poder. Neste campo, o proletariado deveria contar com uma arma fundamental, o partido político, o partido político revolucionário que tivesse uma estrutura democrática e que buscasse educar os trabalhadores e levá-los a se organizar para tomar o poder por meio de uma revolução socialista.
Marx tentou demonstrar que no capitalismo sempre haveria injustiça social, e que o único jeito de uma pessoa ficar rica e ampliar sua fortuna seria explorando os trabalhadores, ou seja, o capitalismo, de acordo com Marx é selvagem, pois o operário produz mais para o seu patrão do que o seu próprio custo para a sociedade, e o capitalismo se apresenta necessariamente como um regime econômico de exploração, sendo a mais-valia a lei fundamental do sistema.

terça-feira, 9 de março de 2010

Pré Socráticos

Os pré-socráticos são filósofos que viveram na Grécia Antiga e nas suas colônias. Assim são chamados pois são os que vieram antes de Sócrates, considerado um divisor de águas na filosofia. São chamados de filósofos da natureza, pois investigaram questões pertinentes a esta, como de que é feito o mundo.

Tales de Mileto- (+ ou- 640-548 a. C)
Tales é considerado o pai da filosofia grega, o primeiro homem sábio. Os pensadores de Mileto iniciaram uma física e uma cosmologia. Tudo seria alteração da água, em diversos graus. O alimento de toda a coisa é úmido. A terra era concebida como um disco boiando sobre a água, no oceano. Segundo Tales, a água, ao se resfriar, torna-se densa e dá origem à terra; ao se aquecer transforma-se em vapor e ar, que retornam como chuva quando novamente esfriados. Desse ciclo de seu movimento (vapor, chuva, rio, mar, terra) nascem as diversas formas de vida, vegetal e animal. A cosmologia de Tales pode ser resumida nas seguintes proposições: A terra flutua sobre a água; A água é a causa material de todas as coisas. Todas as coisas estão cheias de deuses. O imã possui vida, pois atrai o ferro.

Anaximandro (+ ou – 610-547 a. C)
É um filósofo da escola jônica, natural de Mileto e discípulo de Tales. Foi geógrafo, matemático, astrônomo e político. Ao contrário de Tales não deu à gênese um caráter material. O apeíron é eterno e indivisível, infinita e indestrutível. O princípio é o fundamento da geração de todas as coisas, a ordem do mundo evoluiu do caos em virtude deste princípio. Eterno, o ápeiron está em constante movimento, e disto resulta uma série de pares opostos - água e fogo, frio e calor, etc. - que constituem o mundo.


Anaxímenes de Mileto (588-524 A.C.) "Ar"
foi um filósofo da escola jônica, que tem como característica básica explicar a origem do universo ou arché a partir de uma substância única fundamental. Refutando a teoria da água de Tales, e do ápeiron de Anaximandro, Anaxímenes ensinava que essa substância era o ar infinito, pneuma ápeiron. O universo resultaria das transformações do ar, da sua rarefação, o fogo, ou condensação, o vento, a nuvem, a água e a terra e por último pedra. Tudo provém do ar, através de seus movimentos: o ar é respiração e é vida; o fogo é o ar rarefeito; a água, a terra, a pedra são formas cada vez mais condensadas do ar.

Pitágoras (século VI a.C.)
Conhece-se muito pouco sobre a vida desse filósofo, pois foi uma figura legendária, e é difícil distinguir o que é verdade e o que é mentira. Nasceu em Samos, em uma época em que na Grécia estava instituído o culto ao deus Dioniso. Acreditava na divindade do número. O um é o ponto, o dois determina a linha, o três gera a superfície e o quatro produz o volume. Os pitagóricos concebem todo o universo como um campo em que se contrapõe o mesmo e o outro. É de Pitágoras o teorema do triângulo retângulo. Fundou uma seita, em que a salvação dependia de um esforço humano subjetivo, e que tinha iniciação secreta. Os números constituem a essência de todas as coisas segundo sua doutrina, e são a verdade eterna. O número perfeito é o dez, por causa do triângulo místico. Os astros são harmônicos. Foi Pitágoras que inventou a palavra filosofia – (amizade ao saber).


Heráclito- (+ ou – 540-470 a. C)
Nasceu em Éfeso, cidade da Jônia, descendente do fundador da cidade. É considerado o mais importante dos pré-socráticos. É dele a frase de que tudo flui. Não entramos no mesmo rio duas vezes e o sol é novo a cada dia. É o filósofo do devir, a lei do universo, tudo nasce se transforma e se dissolve, e todo o juízo seria falso, ultrapassado. Problema: Parmênides e Heráclito defendiam dois pontos principais diametralmente opostos. Parmênides dizia:

* a) nada muda,
* b) não se deve confiar em nossas percepções sensoriais.

Heráclito, por outro lado, dizia:

* a) tudo muda (“todas as coisas fluem”), e
* b) podemos confiar em nossas percepções sensoriais.

Quem estava certo? Coube ao siciliano Empédocles (c. 490-430 a.C.) indicar a saída do labirinto.

Como estudioso da physis, Heráclito acreditava que o fogo era a origem das coisas naturais.

Mitologia Grega

A mitologia grega compreende o conjunto de mitos, lendas e entidades divinas e/ou fantásticas, (deuses, semideuses e heróis) presentes na religião praticada na Grécia Antiga, criados e transmitidos originalmente por tradição oral, muitas vezes com o intuito de explicar fenômenos naturais, culturais ou religiosos - como os rituais - cuja explicação não era evidente. As fontes remanescentes da mitologia grega ou são transcrições dessa oralida de criação.
Os historiadores da mitologia grega têm, muitas vezes, de se basear em dados fragmentários, descontextualizados (fragmentos de obras literárias, por exemplo) ou através de indícios transmitidos na iconografia grega (principalmente, os vasos) para tentarem reconstituir a riqueza narrativa e conceptual de uma das mitologias mundiais que mais interesse desperta.
Nas suas várias lendas, histórias e cânticos, os deuses da antiga Grécia são descritos como quase humanos em aparência, porém imunes ao tempo e praticamente imunes a doenças e feridas, capazes de se tornarem invisíveis, de viajarem grandes distâncias quase que instantaneamente e de falarem através de seres humanos sem o conhecimento destes.
Cada um dos deuses tem sua própria forma física, genealogia, interesses, personalidade e sua própria especialidade. Essas descrições, no entanto, têm variantes locais que nem sempre estão de acordo com as descrições usadas em outras partes do mundo grego da época. Quando esses deuses eram nomeados em poesias ou orações, eles se referiam a uma combinação de seus nomes e epítetos, com estes os identificando, distinguindo-os de outros deuses. Atualmente, apenas o povo Kalasha, do Paquistão, mantém como religião viva o panteão grego.

→ Natureza da mitologia grega
Enquanto todas as culturas através do mundo têm suas próprias mitologias, esse termo é de cunhagem grega e teve um sentido específico nessa cultura. Ele deriva de mythologia:
• Mythos, que no grego homérico significa superficialmente um discurso ritualístico de um chefe, um poeta ou um sacerdote;
• Logos, que no grego clássico significa "uma história convincente, um argumento em ordem";
Originalmente, então, a mitologia é uma tentativa de trazer sentido às narrativas estilizadas que os gregos recitavam em festivais, sussurravam em locais sagrados e espalhavam em banquetes de aristocratas.
→ Visão geral
O espectro da mitologia grega é enorme. Abrange desde os crimes mais cruéis dos primeiros deuses e as sangrentas guerras de Tróia e Tebas, à infância de Hermes e o sofrimento de Deméter por Perséfone.
→ A era dos deuses
Assim como seus vizinhos, os gregos acreditavam num panteão de deuses e deusas que eram associados a específicos aspectos da vida. Afrodite, por exemplo, era a deusa do amor, enquanto Ares era o deus da guerra e Hades o dos mortos.
Algumas deidades como Apolo e Dionísio revelavam personalidades complexas e uma variedade de funções, enquanto outros como Helios ("sol") eram pouco mais que personificações. Existiam também deidades de lugares específicos, como deuses de rios e ninfas de nascentes e cavernas. Tumbas de heróis e heroínas locais eram igualmente veneradas.
Apesar de centenas de seres poderem ser considerados deuses ou heróis, alguns não representavam mais que folclore ou eram honrados somente em lugares (Trophonius) e/ou festivais específicos (Adonis).
Rituais de maior abrangência e os grandes templos eram dedicados, em sua maioria, a um seleto círculo de deuses, notadamente os quinze do Olimpo, Heracles e Asclepio. Estas deidades eram o foco central dos cultos pan-Helênicos.
Muitas regiões e vilas tinham seus próprios cultos a ninfas, deuses menores ou ainda a heróis e heroínas desconhecidos em outros lugares. A maioria das cidades adoravam os deuses maiores com rituais peculiares e tinham para estes lendas igualmente próprias.